Daniel Campos

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Diário da mulher amada

Em mim
Há essa menina
Menina menininha
Meio boneca
Meio moleca
Pulsando em medos
E sonhos
Com cheirinho de morango
Em mim há essa menina
Que quer descobrir
O mundo
E em mim o mundo
Não tem fundo
Só um céu de estrelas de sol
Que me convida a voar
E a bailar e a rodopiar.

Em mim
As asas me fazem cócegas
Os termômetros enlouquecem
E os segredos se escondem
Minha saia é azul
Minha blusa tem decotes
Que viram qualquer norte
De cabeça para baixo
Uma hora sou karateca
Outra sou pianista
Outra sou feiticeira
Outra sou atiradora
E nas outras fujo num balão
De gás
Pelo céu lilás.

Em mim
Há esse desejo
Por amor e chocolate
E um tempo que não é daqui
Nem de saturno
Nem de marte
Em mim, há labirintos
E porões tão secretos
Onde moram
Seres fantásticos
Dignos de contos de fada.

Em mim
Há essa fêmea
Que se alimenta de instinto
Há essa bruxa
Que tem sétimo sentido
E olhos de intuição
E há essa menina
Que pede colo
E palavras amenas
Em mim
Há essa química perfeita
Essa primavera de elementos
Ainda não conhecidos

Em mim,
Emoções vulcânicas
E uma energia
Balsâmica
Em mim,
O signo
Que me guia
E o que me acerta
Com sua lança
De ametista.
Em mim,
O beijo
Do anjo e do demônio.


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