Daniel Campos

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Dez estrofes

É a rima secreta
A última pista
A luz da ametista
E a brisa da bicicleta.

É cartão-postal
Um sonho nada modesto
Tem açúcar nos gestos
E palavras de sal.

É intenção
A reza doentia
O pós-fantasia
E o convite à solidão.

É um querer
Um desejo
E o beijo
Que mais tarde vai doer.

É falta de leste
O hino dos ladrões sem valentia
Que lhe roubam poesia
Como se roubassem suas vestes.

É inverso da bula
A lenda dos antigos
A flor do trigo
E a saudade sem cura.

É convulsão
Algodão doce, carrossel
Dia coberto de céu
E noite de balão.

É ciência
Resguardo
Bolero, balada, fado
E paciência.

É um drinque a dois
A primeira jura
E a perjura
Que se faz depois.

É o que sumiu
O perdão
E a redenção
De quem não desistiu.


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