Daniel Campos

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Desejo ao vinho

Ai, amor
Amor da minha vida
Sangue da minha ferida
Adeus da minha despedida
Eu lhe entrego os meus dias
Para vivê-los como lhe convir
Eu me rendo as suas fantasias
De amor, e me vendo ao sorrir
Do seu sorriso em minha boca
Num pacto labial
Sujeito a soluços e ao sal
Do pranto
Que a ti levanto

Ai, amada
Eu lhe dou a minha estrada
Para abrir o meu norte e o meu leste
Rumo ao seu infinito
Mais bonito
Caminha nesse meu coração aflito
Minha amada e veste
Os meus sonhos de amanhã
E me faça arder no desejo
Ao vinho
De sua paixão terçã
Se eu sou seu mocinho
Seja a minha vilã.


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