Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
14/02/2016 - De todos os povos

Sou das matas
Das cachoeiras
Sou cascatas
E amendoeiras
Sou das águas
De pedra
Do vento
Que varre mágoas
E não medra
Sou fogueira
Acesa
Sou a simplicidade
Da realeza
Sou a beleza
Dos povos
Transcendentais
Sou a individualidade
De tantos plurais
Sou mago
Sou mar, rio e lago
Sou dos Enoques
Contra os bodoques
Sou das sete princesas
Das proezas
Dos caboclos
Dos pretos-velhos
Que transcendem aos tocos
Sou dos ciganos
Dos altos meridianos
Sou dos médicos de cura
E da sereia que murmura
Sou do Grande Simiromba
De Deus
Do amor que arromba
O adeus
Sou de Seta Branca
Do cacique Tupinambá
Sou o coração que há
Sem rancor sem tranca
Sou o povo que se levanta
Para trabalhar
Sob os olhos de Mãe Iara
Na Lei do Auxílio
Sou filho
De nossa Senhora Apará
Que a todos apara
Sou da tribo de Oxalá
Salve Deus
E todos os lírios
À rainha Iemanjá
Sol de Obatalá
Lua de Olorum
Sou de todos os povos
E de lugar nenhum
Sou movimento
Sou sentimento
Vivo, redivivo
Sou de Yucatã
E de Alufã
Mestre aprendiz
Feliz
Entre o sangue e a seiva
Povo de Neiva


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar