Composições
Deixa-me contar que ainda vivo
Deixa-me contar que ainda sigo
Pelas linhas tão tortas
Que me fez escrever.
Deixa-me fechar as portas
Que entrei tentando lhe esquecer.
Caminhos cruzados
Esquinas de passados
Que surgem a cada volta
De um sol que não volta
Com a mesma nota
Na partitura dos sem deuses.
Baralhos mal embaralhados
Rostos desfigurados
Que resistem aos meses
E quiçá aos anos
De solos intermináveis.
Composições
Que seriam improváveis
Nas teclas dos pianos
Sem nossos amores
Deploráveis
E suburbanos.
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