Daniel Campos

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Cólera e morfina

A mulher que me habita
Tem olhos de passas ao rum
Um decote geométrico
E linhas saídas de uma prancheta...

A mulher que me habita
Está nos versos de um poema
Está nas dobras de um lençol
Está num copo que vê a tarde cair...

A mulher que me habita
É mais do que uma lembrança
Ela sabe que mora em mim
E me possui como bem quer...

A mulher que me habita
É uma invasão permitida
Prevista
E quiçá propositada...

A mulher que me habita
Semeia cólera
E colhe morfina
Nesse meu corpo solidão.


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