Daniel Campos

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Campônio

Campônio
De um tempo afim
Laborando o sentimento em mim
Num andar interiorano
Suburbano de um tempo
Sem fim
Longe de casa
Triste ardor
Quebrada asa
Perdido no arrozal
Desconhecedor
Do bem e do mal
Cavaleiro da terra
Braço selvagem
Da lida
Sombreiro que descerra
O sol na descida
Do céu, do mar, da serra
Campônio de um amor camponês
Montado em seu burro xadrez
Vai arando destinos
Ao léu
Vai enterrando meninos
De papel
Vai caminhando
Troteando a tristeza
Da beleza
Troteando na indelicadeza
Da delicadeza
Flores do campo de cambraia
Flores secas de umseca natureza
Nasce das dores, corações
Dos torrões dos sonhos sem dono
Do campônio.


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