Daniel Campos

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Agüenta

Agüenta
Mas agüenta forte
Os cavaleiros do tempo
Já estão fechando os portões
Que dão pro templo
Da morte
Agüenta
Finca as unhas no colchão
Rasga os lençóis da cama
Enfrenta a tentação
Da morte que se passa por dama
Mas é mais um a cair na cama
Dos sem sorte
Agüenta, agüenta a morte
E apaga, apaga a chama
Da vela que já te acenderam
Agüenta enfrenta e chama
Pelo deus
Da luz e do breu
E pelos anjos que já te esqueceram
Reza por uma estrela guia
Reza por restos de fantasia
Reza a reza forte
De quem olha no olho ateu
Da morte
E diz: você perdeu o dia
Eu não sou de carne nem de osso
Volta pro seu fosso
Que eu sou de poesia
E poesia não vira pó
Vira sentimento e só.


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