Daniel Campos

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28/06/2016 - Agora, bobo da corte

De príncipe apaixonado
Capaz de morrer ao teu lado
Passei ao teu bobo da corte.
Poderia ter meus cuidados
Todo o meu amor real
Mas preferiu pintar e bordar
Com meu sangue azul
Etecetera e tal.

Lorde que sou
Te dei estia e valor
Um brasão, um norte
A minha linhagem
E você fez bobagem
Abusou da minha nobreza
Feriu-me de morte
Com a sua indelicadeza.

A você, dobrei
Meus joelhos
Me prostrei
Te rendi apelos
Entreguei minha coroa
E o que fez?
Traiu nosso reino à toa
Apunhalando-me de vez.

Observação do autor: Para um príncipe de verdade é melhor morrer do que virar bobo da corte. Portanto, ria, zombe, gargalhe enquanto ainda é tempo. O sangue azul, que corre não só nas veias, mas nas almas nobres, é mais forte do que qualquer maquiagem de palhaço que insiste em colocar no rosto de quem já foi amado como príncipe.


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