Daniel Campos

Texto do dia

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01/09/2009 - Petrônio

Quem diria que as bonecas, um dia, ficariam de lado. Para quem duvidou, as bonecas já perderam até mesmo a cama. Mãe e pai também ficaram esquecidos em sua agenda. Mesmo a avó, que tem lugar cativo no coração da pequena, ficou mais sozinha. E tudo isso por conta de Petrônio. Quem? Um amigo? Um namorado? Um ídolo? Um cachorro! Isso mesmo, desde que ganhou um cãozinho não pensa ou fala em outra coisa. Escola, sapateado, francês... tudo ficou em segundo plano depois de Petrônio.

As amiguinhas a esperam em vão no parquinho. Ela não vai aparecer. E se resolver sair de casa, com certeza, levará o cachorro no carrinho das bonecas. Quem diria que uma bolinha de pelos iria causar mudança tamanha na rotina da menina. Ele que já teve um elefante, um boi, um bode, um pato e dezenas de coelhos se encantou pelo mundo canino. "Olha o dente dele". "Olha a barriga dele". "Olha a orelha dele". Tudo é novo. Tudo é descoberta para aquela vida aprendiz.

E Petrônio não é qualquer cachorro ou um cachorro qualquer. Petrônio tem pedigree, carteira de vacinação completa, sotaque inglês. Mas o que encantou de fato Maria Eduarda foi o fato de ele ser do tamanho de suas bonecas, de seus ursinhos, de seu reino infantil. O que se vê agora é uma espécie de conto de fadas envolvendo uma menina e seu cachorro, com direito a fadas, anjos e outras criaturas mágicas. Só espero que assim como Peter Pan, Petrônio não cresça ao ponto de não caber nesse reino.


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