Daniel Campos

Texto do dia

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07/04/2012 - O mundo inteiro para ela

Nada para mim, tudo para a mulher amada. O que sou, o que tenho, o que sonho, tudo pertence à mulher amada. As flores que cheiro, os frutos que dou, as raízes que me sustentam são da mulher amada. Os sacrifícios que faço, o tempo que desfaço, o que eu perco e o que acho são obra da mulher amada. O que chega, o que fica e o que escorre dos meus olhos dizem respeito diretamente à mulher amada. Os movimentos das marés e das estrelas imitam o balançado e o ritmo da mulher amada.

O que eu prometo ou ofereço o faço à mulher amada. O que vejo no espelho, no fundo do copo e nas linhas da minha mão é o mesmo reflexo da mulher amada sob várias angulações e profundidades distintas. O sabor que fica na boca, a cor que não desbota, o perfume que impregna são resultado da presença ou da ausência da mulher amada. Os adjetivos e suspiros convergem à mulher amada numa estrada de mão única na qual a saudade segue na contramão.


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