10/02/2009 - O mundo envelheceu
Parar de crescer é uma natureza humana. E o mundo, que era uma criação divina, depois de várias intervenções de homens e mulheres ao longo da história tornou-se mais humano do que tudo. Deste modo, não vejo a crise com olhos de espanto. Um dia todos têm de parar de crescer, inclusive, a economia, a política, a sociedade. Não há espaço, tampouco necessidade de algo disparar a crescer, crescer, crescer com o mesmo ritmo bilhões de anos depois. A única coisa que contraria essa lógica são os sentimentos, que podem ascender até a morte.
O meu medo, por exemplo, é crescente. Porém não me apavoro diante da falta de crescimento do planeta, mas como o seu envelhecimento. E se o mundo envelhecer com a mesma voracidade que cresceu, estamos perdidos. A destruição da camada de ozônio indica que o planeta está calvo, com sérias entradas. E o aquecimento global, nada mais é do que um grande reflexo da menopausa da Terra. As tempestades e tremores se agravaram porque o planeta já não domínio o próprio corpo como há séculos e séculos.
Na verdade, o mundo sempre foi adolescente demais. Achava que seria eterno, que nenhum de seus recursos ou riquezas acabaria e poderia crescer a vontade. Hoje, já com uma série de problemas, vê-se em constante e profunda crise. E nós estamos a bordo dessa fase de transição. Fomos os escolhidos a viver um tempo de mudanças. Portanto, o pior de parar de crescer é o sinal eminente de que a velhice chegou. Para os que acreditam no final dos tempos, o cenário atual é um prato cheio. E não há sensacionalismo nisso tudo, apenas a continuação do mais antigo ciclo vital: nascer, crescer, envelhecer, morrer.
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