23/04/2009 - O crime de morder a língua
Você já deve ter ouvido a frase "cuidado para não morder a língua". Essa expressão não se refere ao ato de morder o órgão muscular localizado na parte ventral da boca, mas ao ato de fazer extamente o que um dia foi motivo de crítica. Luís Inácio tem mordido seu língua frequentemente. Falou, falou, falou das viagens internacionais de Fernando Henrique e faltando mais de um ano e meio para o fim de seu mandato presidencial, ultrapassou o tucano em número de nações internacionais visitadas (115) e dias no exterior (348). São nada mais do que 15 por cento de dias fora do país.
Para a língua lulística, a mordida não representa novidade alguma. Já nos primeiros dias de seu primeiro governo, contrariando todos os seus discursos, elevou a taxa básica de juros. Prosseguiu arrochando investimentos, entregando dinheiro aos EUA e aumentando as despesas pessoais de seu governo, tudo feito contrariamente ao que sempre pregou. Até mesmo o PT, partido que sempre o endeusou, foi deixado de lado em nome dos interesses da governabilidade.
O pior é que essas mordidas não pretendem parar por aí. Já se fala que Lula irá mexer na poupança dos brasileiros, a exemplo do que fez Fernando Collor. Lula pode até não prender o dinheiro que está na aplicação, mas, com certeza, irá intervir seriamente no modelo atual gerando inseguranças e calafrios. E como ainda faltam mais de seiscentos dias de governo, fica a dúvida se ainda há algum lugar na língua de Lula que possa ser mordido. Para o bem geral da nação, espero que não.
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