30/09/2009 - O amor se dá
O amor não marca hora nem lugar. O amor acontece e cresce sem avisar. O amor não escolhe idade, cor, nacionalidade. O amor é como beija-flor: beijos e flores. E um amor é a composição de vários amores, como colcha de retalhos, feita de caminhos e atalhos. Porque o amor é um mistério profundo, um mundo detrás de outro mundo. E é por isso que amo e chamo esse amor para perto de mim. Amo e me proclamo apaixonado sem fim. Eu, querubim do seu amor. Eu, seu sonho, seu sonhador.
Que o amor seja eterno. Que para sempre, no nosso guarda-roupa, seu vestido se entrelace ao meu terno. Que a semente da solidão não brote entre nós e que o nosso coração nunca bata a sós. Que nos encontremos antes de nos perder. E que nunca, diante um do outro, conjuguemos o verbo esquecer. Que nosso amor não ralhe e valha à pena em cada detalhe. Que os ventos ao longo de nossa estrada sejam propícios e que estejamos dispostos a qualquer sacrifício em prol da criatura amada.
O amor tem muitos planos, embora não se alimente de interesses mundanos. O amor não se trai com fulano ou beltrano. O amor é como a noite: estrelas e luas de crepom. E um amor é o resultado de um desejo maior que nos quer lado a lado, dois amantes da canção caminhando na mesma direção. Porque o amor é cata-vento e girassol, um sentimento rodando, procurando, acompanhando outro sentimento. Eu, mar do seu farol. Seu nascer, seu pôr, seu arrebol.
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