14/04/2009 - Mundo desmemoriado
Atenção: os cientistas estão interessados em apagar informações da cabeça alheia. Daqui a algum tempo será possível fazer cirurgia de memória. "Olha seu doutor, quero apagar aquela briga que eu tive há três anos". "Senhor médico, por favor, faça-me esquecer daquelas contas". "Quanto custa me libertar do fantasma daquele relacionamento?" O bisturi dos médicos, depois da carne, cortará nas lembranças. Como as primeiras vítimas são sempre as cobaias, há ratos por aí que já andam pra lá de esquecidos.
O que parece uma brincadeira de laboratório pode virar um verdadeiro apocalipse. Imagine essa droga usada em grande escala e em mãos erradas. A humanidade poder-se-á se transformar em um exército de zumbis teleguiados. Mais do que fazer esquecer um constrangimento ou um trauma esse remédio pode, por exemplo, apagar os terrores do regime Nazista e fazer o mundo beijar a foto de Hitler, ou pior, receber um novo ditador de braços abertos.
Mania de perseguição à parte, os responsáveis por essa pesquisa são os norte-americanos. Pelo visto, os EUA querem deixar europeus, asiáticos, latino-americanos e africanos esquecidinhos da Silva. Mais uma vez, realidade e ficção se cruzam produzindo grandes turbulências. O que é real? O que é mentira? O que há por detrás dessa trama toda? Será que essa droga já foi usada? Será que eu já fui atingido? Do que será que eu me esqueci? Quem sou eu, qual é meu nome, como eu vim parar aqui?
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