12/09/2009 - Medaria
O medo é o pai do fracasso. Para um plano, um projeto, um sonho não vingar basta medrar. E o medo é natural ao ser humano que, ao contrário dos outros animais, chora ao nascer, chora ao crescer, chora ao morrer. Depois que descobriram o medo como forma de invalidar uma vida, terapeutas e escritores de auto-ajuda multiplicaram o patrimônio. O problema é que ninguém aprende a ter coragem. Caso contrário, ela seria disciplina fundamental nas escolas.
Há de se invejar os loucos que se atiram das pontes e andam pelados pelas ruas. Loucos são destemidos e atrevidos ao ponto de negar o medo. Só por isso as doses de loucura deveriam ser inocentadas. Afinal, trata-se de evolução da humanidade. O homem só há de inventar um outro mundo quando se libertar do medo. Do medo de ser, do medo de estar, do medo de existir. E a maior parte desse temor se deve ao sentimento de posse que se tornou obsessão no inconsciente coletivo.
Ninguém quer perder tempo, espaço, pessoas, sentimentos, bens materiais... e a vida nada mais é do que uma grande perda. Nascemos sem nada, nus, e vamos nos perdendo mais e mais a cada novo dia. E quanto mais mundo nós agarramos, mais mundo nos escapa pelos vãos dos dedos. Não temos a capacidade das formigas de carregar 10 vezes o peso do nosso corpo, nem a longevidade das árvores. Fomos criados para sermos breves. E não há como mudar isso.
Para vencer todos os medos, basta entender isso.
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