Daniel Campos

Texto do dia

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23/03/2009 - Marolinha ou tsunami?

Caiu, caiu, a popularidade de Lula caiu. E não foi uma marolinha, foi uma queda de nove por cento na avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio. E nove é um número cabalístico. Se ele fosse candidato a alguma coisa, seria uma queda extremamente preocupante. E quem disse que ele não é candidato? Dilma Rousseff é o retrato de Lula no espelho do amanhã. Dilma se espelha em Lula, mas se Lula cai, o espelho quebra e Dilma também cai.

Ao olhar para o espelho, Dilma se pergunta: "Espelho, espelho meu, existe alguém mais Lula do que eu". E o espelho, como que consentindo, cala-se. Na verdade, Dilma é uma espécie de Lula genérico, uma peça no tabuleiro que vai permitir o ex-metalúrgico continuar no poder por mais quatro anos e voltar no posto mais alto em 2014. Lula será ministro ou chefe da casa civil no governo Rousseff? Ou será que vão inventar um novo cargo para ele - presidente simbólico da República simbólica de um Brasil simbólico?

Simbolismos à parte, de acordo com uma revista política, Lula irá se retirar dos holofotes para preservar sua imagem a ponto do Brasil sentir saudades dele. Será? Se a queda de popularidade continuar nesse ritmo nos próximos meses o exílio não causará gritos de "volta Lula, volta", mas um tremendo alívio na população. E mais, se Lula ficar com um índice de aprovação, no mínimo, satisfatório, não conseguirá eleger Dilma. Pode ser só uma marola, mas e se for o sinal de uma grande tsunami?


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