Daniel Campos

Texto do dia

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29/09/2009 - Guerra nas estrelas

A minha cabeça gira como um disco voador em pleno espaço sideral. E eu me transformo em um extraterrestre de mim. Meus pensamentos são de natureza desconhecida. A comunicação cérebro-coração não é identificada ou codificada por radar algum. Ninguém entende a minha língua. É como se eu pronunciasse um alfabeto alienígena. E olhando no espelho eu já pareço um pouco mais verde do que de costume. Começo ter ciúme das estrelas e dos cometas, afinal, tudo isso é o meu quintal...

Meus olhos de lua e eu no mundo da lua. A cabeça gira, vira, revira e dói que me pira. Há monstros de cinema se alimentando dos meus miolos. E há uma vontade imensa de pousar em um planeta não habitado e fazer a minha própria civilização. Quem sabe não sou eu um novo Adão. Ah! E minha cabeça rodando, dançando, planando em uma galáxia sem começo nem fim. Sou um ponto perdido na planilha do universo. E a minha linha neurotransmissora se transformou num verso...

Levem-me para a estação espacial mais próxima. O hospício é aqui. Aqui dentro da minha cabeça que vive o êxtase da enxaqueca. Fecho os olhos, ardo em febre, estou em mercúrio. O sol nunca foi tão vermelho e explosivo. Tomo um antitérmico e logo estou em plutão, com frio e na escuridão dos cobertores. Ah! Se os cientistas descobriram água, tragam os tratores que eu quero semear paz em marte. Quero plantar um ipê branco e fazer uma casa na árvore, dando sossego a minha cabeça...


Comentários

04/07/2011, por wOjvyvDXEpbpJFNbAA:

None can doubt the veartciy of this article.


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