05/08/2009 - Eu hei de lhe amar para todo o sempre
Eu hei de lhe amar para todo o sempre, independentemente das condições de tempo e espaço. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, seja outono, inverno ou verão. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, entre cruzas de esquinas e retinas. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, melodicamente, incontestavelmente, desesperadamente. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, fiel e intensamente. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, como nas histórias de ninar. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, compondo-me em suas composições. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, em todas as direções, como beija-flor beijando rosa dos ventos.
Eu hei de lhe amar para todo o sempre, com braços abertos e boca entre-aberta. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, com o coração, feito almofada de costureira, cravejado de flechas dos cupidos altaneiros. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, entre soluços, gritos e gemidos. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, redimensionado o conceito de felicidade. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, em cada uma das suas sete vidas felinas. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, como o mais bárbaro dos românticos. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, transformando o medo de lhe perder em vontade de lhe encontrar. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, bebendo seus versos e me alimentando de sua poesia.
Eu hei de lhe amar para todo o sempre, numa relação que ultrapassa todo e qualquer limite. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, lembrando-lhe, vivendo-lhe, projetando-lhe em meu futuro. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, como pássaro apaixonado. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, sempre em guarda, defendendo-lhe diante de Deus e do diabo. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, num temporal de sentimento. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, decretando a sobreposição de destinos. Do meu e do seu destino. Eu hei de lhe amar para todo o sempre, confundindo amor com seu nome. Seu nome, Marilene, Marilene, Marilene...
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