15/01/2009 - E o amor ainda não vingou
Eduardo se rendeu ao ódio e feriu o próximo. Afonso brigou na escola. Manuela foi ameaçada. Joel matou dois. Inês puxou os cabelos de Lia. O morador de o sétimo andar pulou da varanda. O filho de seu Antônio morreu atravessando a rua. Osório roubou, de o verbo roubar, e Margarida, que ainda ontem era flor, foi violentada até despetalar. Clara encontrou uma bala perdida que não tinha gosto de hortelã e Vinícius pensou que era deus e apertou o gatilho. E o amor ainda não vingou.
Lucas apertou, sufocou, estrangulou sua namorada, sem dó nem piedade. Igor encheu suas mãos de sangue. Beatriz chorou o próprio luto. O pequeno João foi espancado ainda no berço. O padre falou em pecado. O delegado abaixou a cabeça. O morro desceu e a cidade subiu. Patrícia deu o último suspiro no corredor de um hospital. Jair rodou na roleta russa. Os olhos de Bianca, graças a um empurrão, nunca mais se abriram. E o amor ainda não vingou.
Ana atirou para matar. Sérgio foi seqüestrado. E o ciúme dos apaixonados Léo e Lu rendeu mais uma tragédia grega. Ernesto foi descoberto e fugiu atropelando o mundo. Jorge deu dois passos antes de cair esfaqueado. Douglas bebeu e se drogou para tomar coragem. Heloísa envenenou. Sônia gritou, mas a morte chegou silenciosa, na ponta dos pés. Marcos foi pisoteado na arquibancada. César bateu. Lorena sofreu. Juliana morreu. E o amor ainda não vingou.
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