23/10/2009 - Disse-me-disse
Pode falar, dizer o que quiser, mas eu não cedo um milímetro sequer em minha posição. Pode me classificar como oposição ou me tratar como situação que eu não mudo de opinião. O seu sim é o meu não, o meu fim é o começo de sua canção e não estou preocupado se cantamos o mesmo refrão. Pode espernear que eu não ligo. O que eu quero dizer, eu digo. O meu mundo não é o seu umbigo. É só depois de muita sova que o trigo vira pão, então, ai meu Deus que bom que eu degusto a crítica como fruta cítrica da estação.
Pode me reclamar, me maltratar, me provocar que seu leque de xingamentos, malcriações e provocações não me importa. Eu sorrio e abro a porta para você entrar no meu mundo, no meu mais profundo pensamento. Independentemente da sua repulsa, eu sou o sentimento que pulsa e soluça dentro e fora do peito. Pode vir ou ir embora que eu não vou mudar meu jeito. Do berço ao último leito sou assim, goste ou não de mim. A poesia me habita e a vida palpita aflita ao meu lado enquanto eu passo com ela de braço dado.
Pode me odiar, me destratar e até me matar, só não me peça para aceitar calado seus argumentos. Calado eu só aceito o vento que semeia palavras em meus olhares. A minha voz ecoa o mesmo ponto de vista aqui ou em outros lugares. Entendam ou não, escrevo e sempre hei de escrever na língua do coração. Então, chega de tentar me convencer do contrário. Eu vou além desse aquário azul que lhe cerca. Eu vou à lama, eu vou ao lodo, eu vou à rua de baixo da sua cabeça. Pode falar, mas como diz o ditado, antes cresça e apareça.
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