27/07/2009 - Atchá!
Que o amor não tenha hora nem lugar. Que todos se amem incessantemente, independentemente de quando ou onde. Que o amor corra solto nas veias, nas teias e cadeias produtivas. Que caça e caçadores se beijem, se mordam e se devorem numa relação intensa e antropofágica. Que não haja qualquer tipo de censura, senão o combate massivo ao medo de amar. Que todos se joguem de cabeça, do décimo sétimo andar, em busca da concretização deste sentimento, que deve, como já disse, estar além, muito além do tempo. Que os iguais se tornem desiguais e estes iguais por meio da intervenção dos amores.
Que não se perca tempo discutindo se o amor é irracional ou racional, que se amem como homem-mulher e como bichos. Que não haja amor guardado, estocado, armazenado, apenas amor amado. Que não se aceite desculpas ou justificativas para a falta de amor. Que sejam encaminhados à execução aqueles que se negarem ao pecado divino. Que não haja idade ou qualquer divindade influenciando neste ato. O amor é, por si só, de direito e de fato. Que o amor seja consumido sem moderação, exageradamente, como se hoje fosse o último dia dessa gente.
Que as flores sejam brancas ou vermelhas, mas que haja amor. Que o mundo seja tomado pelas hordas da paz ou do sangue, mas que haja amor. Que o planeta, em cada um de seus milímetros quadrados, respire, inspire e suspire o amor. Que o amor seja defendido, entre os dentes, e que todo gesto de não-amor seja banido de nossa frente. Que o amor supere todos os paradoxos e paradigmas. Que o amor venha simples, nu de qualquer enigma. Que o amor comece e não pare, voa sabiá. Are baba, atchá!
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