26/06/2009 - Amor-Macro-Amor
Amo-te mais e mais sem me preocupar com possíveis retaliações dos deuses. Amo-te mais e mais sem questionar se isso é possível ou impossível. Amo-te mais e mais como a crescente natural contida em uma sinfonia. Amo-te mais e mais com que numa soma de raiz infinitesimal. Amo-te mais e mais pecando em seu próprio pecado. Amo-te mais e mais sem distinção de espaço, tempo, moral. Amo-te mais e mais inventando assim uma nova ética, pautada num amor-macro-amor.
Amo-te mais e mais sem me prender às observações dos céticos. Amo-te mais e mais desbravando terras ou abrindo mares, sempre que necessário. Amo-te mais e mais movido por uma reação química, física, psíquica ainda não diagnosticada. Amo-te mais e mais como num vendaval, num temporal, num outro astral. Amo-te mais e mais mesmo que me queiram prender em camisas-de-força. Amo-te mais e mais seja em meio a pétalas de rosa ou de sangue.
Amo-te mais e mais a cada nova dança dos ponteiros, a cada nova folha do calendário, a cada novo dobrar de um sino. Amo-te mais e mais em cada pedaço de mim. Amo-te mais e mais em busca da superação de limites e fronteiras deste sentimento. Amo-te mais e mais distendendo, redimensionado, tencionando emoções. Amo-te mais e mais como se o que sinto não coubesse em uma só vida. Amo-te mais e mais sem jamais considerar tal amor demais.
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