Daniel Campos

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26/02/2012 - Vôo a dois

Amor, seu eu pedisse amor, mais amor, amar-me-ia assim sem fim? Seria capaz de me deixar viver os seus sonhos e, mais, adaptá-los, moldá-los, forjá-los a minha realidade? Por mim, seria como a esperança – a última a morrer? Permitira que eu tatuasse sua alma com desenhos de meu corpo, trançando o meu DNA ao seu a cada beijo? Trovejaríamos e relampejaríamos de desejo, de muito querer, de puro prazer, ensurdecendo e iluminando um ao outro. E a saudade seria um potro correndo leve e selvagem por uma paisagem que não se atreve a existir para mais ninguém.

Juntos, e somente juntos, unidos como destinos gêmeos, como caminhos siameses, acenderíamos ou apagaríamos a lua, a cada movimento nosso, tão nosso, chovendo e secando nosso suor ao vento. Seria, seria, seria possível que eu me debruçasse em seus pensamentos como quem devora um romance? Poderíamos inflar e, multiplica e tencionar ao máximo cada sentimento desconhecendo limites, transcendendo obstáculos. Trocaria meus braços por tentáculos, nossa casa por um par de asas, todas as encostas pelas suas costas, alimentando-nos dos olhares alheio servidos em postas.


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