19/05/2008 - Voltei
Para aqueles que se preocuparam com minha ausência, estou vivo. Ou revivo, depois de ser alimentado por mergulhos profundos e vôos longos. Depois de uma viagem pelo interior do interior do interior de mim, estou de volta a este espaço. Peço desculpas pela minha retirada súbita durante alguns dias, mas a desconexão foi não só precisa, mas necessária e irreversível. Não queria deixar esse lugar ao léu durante esses dias, mas não teve outro jeito.
Passados à parte, o importante é que eu voltei em ritmo de futuro. Futuro do presente. O tempo mais-que-imperfeito do perfeito. E voltei com a poesia aguçada e revigorada. Depois desses dias de mordaça, ganhei fôlego nesta caminhada literária. Mais uma vez, estou aqui. E agora, nada vai me impedir. Eu vou gritar aos quatro ventos que a poesia me habita e escorre de meus poros formando uma estrada vermelha a minha frente.
Uma estrada vermelha. Uma estrada de cerejeiras. Uma estrada de pitangueiras. Uma estrada de caquis. Ah! Quero colocar meus pés caminhantes nesta estrada de hordas sem sangue, de piratas sem mar vermelho, de aves sem sol. Quero uma estrada vermelha socialista, onde o sonho é coletivo e a prática, na teoria, também. Quero caminhar por entre beijos de batom e maçãs do amor nas rodas gigantes que a vida dá. Depois de ser engolido pela terra vermelha, voltei.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.
livros
