Daniel Campos

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07/05/2014 - Vento virou

Vento virou, maré encheu, olho vazou e quem sou eu? Êe tempo bom, êe coração rei, êe amor se tornou lei e eu ainda não sei. Sobe para lá, acode de cá, o que pode e o que não pode eu ainda hei de descobrir daqui para ali. Por hora, sorri porque sorrir é o anti-ferir, o desproibir, o não cair na cilada que sempre está por vir. Ah! Que tudo passe a ser como deveria ter sido, como fora escrito no mito de nossas existências. Viva deixando que as penitências sejam carregadas pela ventania. Aplauda o cortejo da fantasia que vem vindo aos olhos do que não se vê. Êe volta pro seu lugar sem volta. Êe não se brinca com o verbo amar. E quem brincar vai doer, vai sofrer, vai se perder da felicidade. A deusa dos ventos já disse que o corte do chicote de que quem fere o que mora no peito não tem remédio nem jeito. Cuidado, amor que é amor não passa ao lado. Deixa de luta e escuta o que diz a mudança do vento. Vento virou, lua balançou, mar atiçou, árvore caiu, fogo frigiu, estrada fechou, caminho novo se abriu.


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