Daniel Campos

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16/04/2010 - Universus

Amo pelo espaço, pulando de planeta em planeta com botas de astronauta. Amo ruborizado nas mais altas temperaturas de mercúrio. Amo deitando em estrelas. Amo na cauda dos cometas, sob chuva de meteoros e na língua dos extraterrestres. Amo me casando nos anéis de saturno. Amo interceptando as mensagens dos satélites. Amo sem gravidade e com toda a seriedade que o assunto necessita. Amo dentro e fora de órbita. Amo em anos-luz. Amo abrindo os braços ao vento-estelar. Amo cosmologicamente. Amo num fenômeno luminoso. Amo universus, “todo inteiro”.

Amo de galáxia em galáxia, sob o signo dos corpos celestes, na mais mística das astrologias. Amo num beijo protoplanetário. Amo para além de nuvens moleculares. Amo numa trajetória eclíptica. Amo obedecendo ao movimento de rotação gerado pelo corpo da mulher amada. Amo viajante, como aquele que vagueia. Amo grande mesmo quando pisando em Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, os planetas anões. Amo numa atmosfera difusa, beirando o caos. Amo visível ou não a olho nu. Amo imerso num núcleo denso de amor. Amo universus, “todo inteiro”.


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