Daniel Campos

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12/07/2011 - Universo particular

De repente, as estrelas enfeitam o céu da sua boca e seus lábios orvalham junto aos meus. É verdade que por sobre as nuvens dos seus olhos mora um deus? Ah! Querida, põe os anjos aos seus pés, chuta os demônios da sua vida e me flecha pelas costas no melhor estilo dos cupidos. Passa pelo meu dia como um cometa, cai no meu mundo feito um meteoro, embaralha as minhas constelações. Signatária do meu signo, futuro benigno, antígeno mais puro das minhas divagações.

Planeta oculto, cruzada sideral, universo em curto, avesso do mapa astral. Criatura extraterrena, cruzada interestelar, viagem amena, astronauta do luar. Cuidado com os piratas de plutão, com os dentes do dragão, com os bilhões de anos luz do coração. Vamos inventar uma nova teoria cosmológica, vamos refutar as leis de Einstein, vamos morar num foguete. Deixa-me perder a gravidade em seu corpo celestial. Deixa-me sucumbir as suas forças espaciais. Deixa-me beber do leite da sua via láctea.

De repente, eu começo a orbitar ao redor do seu centro de massa, como se eu fosse a caça e você a caça. É então que se dá um big ban holístico. Ah! Querida, é verdade que você é o enigma da nova era? Entre seus olhos e os meus, a distância de um telescópio. Vamos fugir para a galáxia de Andrômeda e apagar as luzes do sistema solar. Quem sabe a gente não acha um portal astral ou um novo conceito de tempo. Vamos flutuar universo afora de ponta cabeça sem sentir saudade da terra.


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