Daniel Campos

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03/11/2011 - Só mais um dia...

Só mais um dia depois de outro dia. Só mais um dia. Nada mais. Nada menos. A mesma dose diária de poesia. A mesma contagem do tempo. A mesma maneira de amanhecer, de adormecer. A mesma divisão entre realidade e fantasia. Hoje é a continuação da continuidade de um dia contínuo. Hoje não é o começo ou o fim, apenas o meio de uma história que tem neste dia apenas mais um capítulo, mais uma página, mais uma linha ou um verso.

Hoje é só mais uma luta, mais uma oportunidade, mais uma jogada. Um passo adiante outro passo, uma sílaba atrás de outra sílaba, um pulso ao lado de outro pulso, num imenso comboio de pensamentos, atitudes e sentimentos que segue em círculo, circulando pelo circuladô. Só mais um dia dividido entre o oficial e o clandestino, entre a quebra de expectativa e o destino, entre o sal e o doce de um tempo sitiado entre o duradouro e o repentino. Só mais um dia depois de outro dia.

Alguém comemora. Alguém briga. Alguém chora. Alguém bebe. Alguém vem. Alguém vai embora. Alguém quer. Alguém brilha. Alguém escurece. Alguém ignora. Alguém homem. Alguém mulher. Alguém beija. Alguém ganha. Alguém perde. Alguém deseja. Alguém realiza. Alguém cai. Alguém ergue. Alguém reclama. Alguém odeia. Alguém voa. Alguém ama. Alguém faz. Alguém desfaz. Alguém refaz. Só mais um dia depois de outro dia.


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