Daniel Campos

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07/08/2012 - Seguidor de mim

Sigo de peito aberto. Sigo de cabeça erguida. Sigo sempre em frente. Sigo por labirintos. Sigo por estradas reais, irreais e surreais. Sigo dobrando sinos e esquinas. Sigo em mutação. Sigo em evolução. Sigo cheio, minguante, crescente, novo. Sigo de eclipse em eclipse. Sigo tentado e em provação. Sigo meu santo. Sigo abrindo caminhos. Sigo fechando destinos. Sigo casando sonhos com a realidade. Sigo as cores da minha estação particular. Sigo pelos degraus da paixão. Sigo puxando minha caravana de sentimentos. Sigo pelos braços do vento. Sigo trazendo minha casa comigo. Sigo com marcas de nascença, de amor, de guerra.

Sigo soldando e quebrando os elos da corrente. Sigo ensolarado, nublado, chuvoso. Sigo com raios e trovoadas. Sigo poeticamente cada uma das minhas vias. Sigo com os pés no chão, no colo do meu orixá ou sustentado por asas. Sigo nos olhos e na boca da mulher amada. Sigo o balançado dos malandros. Sigo desconhecendo os homens. Sigo de encantaria em encantaria. Sigo no silêncio das minhas canções. Sigo a céu aberto e entre quatro paredes. Sigo sem medos. Sigo a flor da pele. Sigo pelas cordas de um violão, pelas teclas do piano, pelo balanço de um pandeiro. Sigo no rastro da fantasia. Sigo o perfume da ilusão. Sigo com fome de almas.


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