Daniel Campos

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23/04/2012 - Salve Jorge, Ogunhê Ogum

Hoje é dia do santo guerreiro, do orixá da guerra. Salve o lendário cavaleiro que derrotou o dragão. Salve o ferreiro que funde as nossas vitórias a ferro e fogo. Salve Jorge, Ogunhê Ogum. Salve aquele que compra a causa dos indefesos. Salve aquele que não entra numa peleja para perder. Salve aquele que é tão temido quão amado. Salve aquele que traz na espada tudo o que busca. Salve aquele que se veste de azul escuro. Salve um dos primeiros orixás a vir para a Terra, filho mais velho de Odudua, o fundador de Ifé. Salve o filho de Yembo, primeiro caminho de Iemanjá, irmão de Oxossi e Exu. Salve o santo militar. Salve o santo que salvou a princesa. Salve o santo da lua. Salve o santo da bravura. Salve o orixá das vias de fato. Salve Jorge, Ogunhê Ogum.

Salve o dono do trabalho. Salve o orixá que forja nossos sonhos de ferro e nossa realidade de aço. Salve o senhor das demandas. Salve o patrono daqueles que lutam pela sobrevivência. Salve aquele que não descansa por nada. Salve aquele que tudo combate. Salve aquele que não tem medo de arriscar. Salve Jorge, Ogunhê Ogum. Salve aqueles que hoje lhe oferecem feijoada e inhame assado com azeite de dendê. Salve aquele que não gosta de ser invocado em vão. Salve aquele que ninguém controla. Salve Jorge, Ogunhê Ogum. Salve aquele que mata o homem e também mata a fome do homem. Salve aquele que é ligado à força e ao poder. Salve a legião de Jorge. Salve o cavaleiro do céu. Salve aquele que pisa no dragão. Salve aquele que vira um leão. Salve o grande guardião. Salve a muralha impossível de ser vencida.

Salve o senhor das contendas. Salve Jorge, Ogunhê Ogum. Salve o patriarca dos exércitos. Salve o general das nossas preces. Salve aquele que está presente no sangue que corre em nossas veias. Salve aquele que está presente no calor, no ódio, na cólera, no desabafo. Salve o santo conquistador. Salve a fúria do amor. Salve a energia da colisão. Salve o rei dos momentos de impacto. Salve o deus da explosão. Salve Jorge, Ogunhê Ogum. Salve a faca que penetra na carne, o martelo que finca um prego, o grito de raiva, o movimento do serrote, o ato de afiar uma lâmina. Salve o senhor dos metais. Salve o orixá da defesa. Salve o senhor da empreitada. Salve aquele que é o trilho que sustenta o trem das nossas vidas.

Salve Jorge, Ogunhê Ogum.


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