Daniel Campos

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30/06/2011 - Quando em quando

Quando descobri o seu mundo, eu me mudei. Quando vi suas asas, eu me joguei. Quando perdi o relógio, eu parei. Quando perdi, eu ganhei. Quando enlouqueci, eu cantei. Quando o muro chegou, eu pulei. Quando o cavalo passou, eu montei. Quando sua boca abriu, eu beijei. Quando a história terminou, eu chorei. Quando o pesadelo cresceu, eu gritei. Quando você não veio, eu me calei.

Quando tudo ficou mudo, eu falei. Quando esqueci seu rosto, eu voltei. Quando vi seu número, eu liguei. Quando o guarda apitou, eu passei. Quando você brigou, eu me rastejei. Quando percebi seu cabelo, eu me agarrei. Quando o vento bateu, eu bailei. Quando a noite subiu, eu brilhei. Quando o sonho falhou, eu acordei. Quando você se foi, eu me aproximei. Quando a solidão nasceu, eu a matei.

Quando tudo ficou escuro, eu amei. Quando nasci, eu lhe procurei. Quando conheci o cupido, flechei. Quando cresci, flertei. Quando cai, eu me levantei. Quando ardi, eu queimei. Quando mordi, eu gostei. Quando menti, eu errei. Quando fui longe demais, eu pequei. Quando fiquei olhos nos olhos com você, eu me atrapalhei. Quando tive medo, eu jurei. Quando eu lhe escrevi, eu me apaixonei.


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