Daniel Campos

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11/03/2012 - Prosa de bijuteria

Entre olhares de pedrarias e beijos de miçangas eu lhe encontro no colo dos colares. Sigo em seu corpo como um pingente folheado de desejo. Contas de saudade, fios de esperança. Uma sequência de pequenos detalhes. Cada argola é uma nova aliança, um novo voto, um novo casamento. E que nosso tempo não tenha fecho. Mas se tiver, que o fecho esteja quebrado. Abraços de couro. E uma paixão semipreciosa, presa em nós e mais nós de marinheiro.

Que nossos genes se cruzem nos emaranhados dos colares que seguem em seu colo. Que nosso destino seja o destino das pérolas brancas, negras, rosas, madrepérolas que laçam seu pescoço. Que nos casemos tão bem quanto as pedras e as fitas. Que as sementes de ilusão despertem num futuro próximo. Que haja equilíbrio perfeito entre o brilho e o fosco, entre o rústico e o sofisticado, entre o bruto e o delicado assim como entre você e eu.

E que ao fim de tudo o amor seja mais do que um acessório, do que uma bijuteria, do que uma fantasia.


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