01/01/2012 - Novo ano novo
O novo ano explodiu em fogos de artifício. O ano novo nasceu predestinado a viver intensamente por doze longos e breves meses. O novo ano estourou como rolha de champanhe. O ano novo germinou como uma semente de amanhã. O novo ano chegou sem atrasos e com todo glamour. O ano novo pintou e bordou o sete, comendo sete uvas, pulando sete ondas, contando sete histórias. O novo ano começou musical e dançante, improvisando pulos e espetáculos. O ano novo veio numa onda de vento, num pé de mar, no contrapé de um pensamento. O novo ano veio fazendo malabarismos e acrobacias. O ano novo arrepiou em calafrios de medo e surpresas, escorreu em suores de prazer e belezas.
O ano novo trouxe as quatro fases da lua num mesmo céu. O novo ano raiou cheio e promessas, mentindo, iludindo, sonhando. O ano novo começou com as chuvas de ao Pedro e de Nanã. O novo ano estalou em beijos assinados e anônimos. O ano novo brincou com a imaginação alheia. O novo ano aconteceu sob aplausos e vaias, vindas do fã clube do ano que se despede. O ano novo mal começou e já deixou sua marca de possibilidade. O novo ano despertou sentimentos inéditos, que ainda serão descobertos ao longo dos próximos meses. O novo ano escreveu nomes na areia, em bilhetes, nos rabos de cometa. O ano novo trouxe perfume de novidade. O novo ano reencarnou em vários corpos de varais cores, de várias línguas, de vários anos.
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