Daniel Campos

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21/10/2010 - Nos meus braços

Nos meus braços lhe levei por campos e desertos. Nos meus braços lhe levei por metrópoles e vilarejos. Nos meus braços lhe levei por acidentes psicológicos e geográficos. Nos meus braços lhe levei por lugares nunca dantes habitados. Nos meus braços lhe levei por constelações romanas e gregas. Nos meus braços lhe levei para além dos véus de Maya. Nos meus braços lhe levei para o fim e o início do mundo. Nos meus braços lhe levei por terras sagradas e amaldiçoadas. Nos meus braços lhe levei para um tempo sem medo nem sofrimento.

Nos meus braços levei a sua leveza e a sua inocência. Nos meus braços levei a sua ilusão mais tenra. Nos meus braços levei as suas dores e alívios. Nos meus braços levei a sua condição de amar ferrenhamente. Nos meus braços levei a sua magia, resultado de anos e anos de encantamento e poesia. Nos meus braços levei os seus segredos em segredo. Nos meus braços levei o suspiro de cada um de seus amores. Nos meus braços levei as suas transformações. Nos meus braços levei os seus abraços.

Nos meus braços lhe levei por religiões e descrenças. Nos meus braços levei seu sonho mais pulsante. Nos meus braços lhe levei por folhas e capítulos. Nos meus braços levei seu destino ao meu destino. Nos meus braços lhe levei por trópicos e meridianos ainda não descobertos. Nos meus braços levei cada uma de suas células como se fosse a última. Nos meus braços lhe levei por projetos e ideais. Nos meus braços levei suas promessas e minha esperança. Nos meus braços lhe levei criança.


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