Daniel Campos

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07/03/2015 - Noite no mato

Quando o sol se abaixa no meio da mata e a bicharada começa a silenciar. O verde escure, a lua se apruma e o rio corre bem mais devagar. A montanha azul some na bruma da noite e as estrelas como vagalumes começam a piscar. A reza é pro dia logo clarear porque nas sombras do prefácio ao prólogo da vida tudo pode tombar. O medo no coração de um rouxinol é proporcional ao apetite da onça que caminha em segredo. A caverna do urso morcego só fica de ponta-cabeça. A esperança se perde no meio do capinzal e nada é igual na batalha da sobrevivência. Cresça e pode perder o pescoço. Encolha-se e pode virar apenas o osso. Todo mundo está de olho em todo mundo. O estômago da noite cala lá no fundo.


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