Daniel Campos

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12/11/2015 - Não sou moleque

Eu não sou moleque para dispensar você. Eu não chiclete para me desgrudar de você. Eu quero você a todo instante, a cada hora. Eu quero você de um jeito novo ontem, amanhã e agora. Eu sem você sou carro sem breque, cocheiro sem charrete, chacrinha sem chacrete, inglaterra sem elizabeth. Eu não sou de perder o que eu quero. Eu não sou céu de quero-quero. Eu não sou de ficar no lero-lero. Eu sou o alvo, você é a flecha. Eu sou a lei, você é a brecha. Eu sou o queijo, você a ratazana. Eu sou o campo, você a urbana. Eu sou a paixão, você a ohana. Somos ying yang, bang bang, mar, mata e mangue, seiva e sangue. Somos o que não se separa, peixe e vara, cara e tara, anjo e odara. Eu sem você sou revolver sem bala, grito sem cala, viagem sem mala, língua sem fala, cigana sem leque. Eu não sou pivete para brincar com o seu coração. Eu não sou trompete para soprar a nossa separação.


Comentários

13/11/2015, por Luisa Mendes:

Adorei


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