Daniel Campos

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14/03/2010 - “Não manche meu nome”

Hoje, quase 16 anos de ausência depois, o sobrenome Senna volta a uma pista de Fórmula-1 para disputar um Grande Prêmio Oficial. O capacete amarelo, com faixas verde e azul, também é cópia daquele que deixou o mundo boquiaberto. O locutor esportivo responsável por narrar os feitos do nome Senna também é um velho conhecido. No entanto, nada é igual. E não é preciso sequer assistir a corrida para saber disso.

O menino que hoje tenta trilhar os caminhos do tio dificilmente vai honrar o sobrenome e o capacete. E isso não é culpa de Bruno. A culpa é que um novo Senna não nasce assim. Ayrton chegou à F-1 consagrado nas categorias de base. Em sua bagagem, além da experiência, levou uma série de títulos e elogios. Bruno traz com ele um sobrenome de peso, que pode pesar demais sobre seus ombros, um capacete que ainda vive no subconsciente de muita gente e o dinheiro de uma empresa brasileira.

No início a desculpa para seu mau desempenho será a de correr em um carro ruim. Mas foi em uma fraca Toleman que Ayrton fez corridas históricas, só não vencendo sobrenomes como Prost, Stewart, Lauda e Piquet na dificílima pista Mônaco debaixo de uma chuva daquelas porque os chefões da F-1 não permitiram. Mesmo com um carro distante de seu talento, Ayrton Senna mostrou a que veio.

“Não manche meu nome”, este é o desejo daquele que, quase 16 anos de ausência depois, ainda impõe respeito dentro das pistas.


Comentários

14/03/2010, por Maria Aparecida Felicori:

Eu adorava corridas de carros e Ayrton Sena, chorei sua morte e desisti das corridas; se o Bruno for como ele, que continui e se não for que pare antes de se dar mal, pela memoria do saudoso tio. Vó Fia


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