Daniel Campos

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31/07/2014 - Nada seu fora eu

Casa vazia. Não há mais peças suas a minha vista. Não há mais nada de você tocável ao meu alcance. Mas, mesmo de olhos fechados, minhas mãos desenham sua silhueta no ar. Tropeço nas suas lembranças. Faço respiração boca a boca nas últimas esperanças. E o doce da sua boca aparece forte na minha. E quando a dor me come por dentro, seu perfume atua como morfina. Como aluno aplicado que decora a matéria para a prova, tenho tudo na ponta da língua o que você me falou. Não preciso de cola para achar em mim, navegando pela minha cabeça, suas palavras de um amor que ninguém soube explicar. Casa vazia. Não há mais nada que pertença a você comigo, fora eu mesmo.


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