Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
10/03/2010 - Macacos me mordam

No planeta dos macacos tudo não passa de uma grande e infinita macaquice. E não é besteira de escritor, não. O que tem de gente pulando de galho em galho não é brincadeira. E quantos galhos são quebrados dia após dia movimentando a instituição do “jeitinho”. Pela cidade afora tem um pessoal pagando mico e outro penteando macaco a todo instante. Tem tarzan vivendo entre o amor de jane e chita.

Tem macaco-aranha invejando os bandidos que agora decidiram escalar prédios. Tem macaco-barrigudo fazendo alusão ao modo de vida capitalista. Tem macaco-prego que vive levando martelada por aí. Tem macaco-hidráulico que quer por que quer subir na vida. Tem macaco desaparecendo do mapa por conta da lei da selva. Tem macaco comendo e dando banana para tudo.

Tem orangotango querendo dançar tango. Tem sagüi que só sabe dizer: não sei, não vi. Tem chipanzé que perdeu a fé. Tem macaca de auditório, macacão e macacada reunida. Tem macaco-de-cheiro fazendo propaganda de desodorante. Tem macaco inglês, japonês e macaco no horóscopo chinês. Tem macaco negando a paternidade do homem. E no planeta transgênico, tem macaco até virando lobisomem.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar