Daniel Campos

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17/10/2014 - Lua verde

Ouvi a mata estremecer. Vi a mata relampejar. Salve os caboclos de Oxóssi e o povo verde do rei Tupinambá. São cavaleiros de luz. São redes magnéticas. É cacique elevando uma seta branca. É a força nativa. O senhor das matas cortadas pela água doce de Iara. Salve os herdeiros do tempo. Salve os cavaleiros verdes, cavaleiros especiais. Salve as energias renovadoras. Salve a sabedoria dos pretos velhos. São mãos curadoras. São palavras singelas. Os pretos velhos falam baixinho e os índios fazem estardalhaço pelas matas que guardam mistérios. As pedras já viram tanto, mas não podem falar com homens. Os seres encantados se respeitam. Salve o verdume das coisas. Salve a encantaria das matas virgens, das matas frondosas, das matas verdejantes. Salve as lanças divinas. Salve as árvores que caminham. Salve a lua verde, a lua de Oxóssi.


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