Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
19/07/2015 - Livra-se e vem

Tira a roupa e vem me ver. Já estou doente de tanto querer. Venha sem sapatos. Sem vestidos. Como num grande ato onde do encontro faça o melhor do permitido e do proibido. Pegue o primeiro arco. Flexione seu corpo como num arco. Faça-se presente em todos os locais do quarto. Estou a lhe esperar como se fosse a primeira vez. Desabotoa seus botões no meu jardim de inverno. E entre tantos senões vai me fazendo a sua certeza. Tira a roupa do que nos afasta e vem me ver. Dispa-se dos obstáculos, das incongruências, das incompatibilidades e vem esvair toda e qualquer saudade. Doma os meus dias vazios. A selvageria que me tomou. Faça-me do seu jeito que eu lhe faço no meu ajeito para tudo ser mais que perfeito. Deixa de lado o passado. Desça do muro do futuro. Faça um furo no hoje e deixa vazar todo o sentimento. Tira todo nó, todo não, todo só do coração. Dá alento ao meu caminho que se estende sozinho. E vamos somente com o essencial de nós dois ao chamamento da paixão.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar