Daniel Campos

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14/03/2014 - Levá-la no colo

Que meus braços sejam chamados de andor, porque eu lhe carrego por onde quer que for. Meus braços carregaram a pureza da santa, a beleza que é tanta, o mistério que encanta e uma fé que se agiganta. Que meus braços sejam imortalizados com você sendo sustentada por eles, suspensa em pleno ar como flor ao vento. Seu corpo tatuou a minha pele, o meu sangue, a minha alma, com a história de um amor sagrado. Meus braços ainda sentem a sua leveza, que mais parecia ser feita de pluma do que de carne, tendo bolhas de sabão no lugar dos ossos.

É como se carregasse uma boneca encantada, uma estrela de olhos brilhantes e pele macia, uma flor ainda em botão que desabrocha a cada beijo. Carregá-la é levar comigo, no mesmo afago, a menina que pede para ser ninada e a mulher há tempos sonhada. Tê-la nos meus braços a pouco mais de um metro do chão é fazer ciúme à gravidade, que quer tocar seus pés a todo instante; é me sentir pirata com o maior tesouro já encontrado. Carregá-la é levar para sempre um coração lindo e puro, que, por amor, recolhe as asas para se permitir ser carregado.


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