Daniel Campos

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06/10/2010 - Lá como cá

Lá como cá o pássaro canta na galha do ingá. Lá como cá dão vivas a Oxalá. Lá como cá o povo se vale do patuá. Lá como cá o sabiá conta em lá. Lá como cá alguém diz que dá. Lá como cá o sol morre detrás do jatobá. Lá como cá existe a promessa de um mundo acolá. Lá como cá tem quem siga o aiatolá. Lá como cá tem bebê pra babá. Lá como cá tem muito bafafá e blábláblá. Lá como cá tem vôo de biguá. Lá como cá tem assombração de boitatá. Lá como cá tem investida de lobo guará e carcará. Lá como cá tem morena dos olhos de cajá. Lá como cá era uma vez um tempo que há.

Lá como cá tem primavera de manacá. Lá como cá tem uma tarde com gosto de chá. Lá como cá tem fubá e guaraná. Lá como cá tem tralha no piquá. Lá como cá amor de iaiá e dadá. Lá como cá tem rio de curimbatá e iemanjá. Lá como cá tem sombra de jacarandá. Lá como cá tem bosque de jequitibá. Lá como cá tem um mundo no jacá. Lá como cá tem mandorová. Lá como cá tem um azedinho de maracujá. Lá como cá tem malandro de chapéu panamá. Lá como cá tem um colorido sarará e benção de saravá. Lá como cá tem paixão de sinhá e namoro no sofá. Lá como cá tem um tempo que virá.


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