Daniel Campos

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17/12/2009 - Juras marilênicas

Ah minha amada por essa estrada eu lhe enalteço enquanto cresço de sorriso e pranto no acalanto desse amor preciso em cor e calor e fome. Conforme o encanto do feiticeiro do amanhã, envolva-me no cancioneiro da delicadeza ò semideusa, titã da beleza. É pela fantasia que lhe peço que meus versos nos livrem dos dias perversos e do verbo "despeço" - ápice da desalegria. Que entre nós a conjugação da despedida seja proibida como a maçã de Adão e Eva. Contra a treva, seja para sempre sol e lençol dessa terra que nos erra e enterra.

Dá-me seu amor de forma intensa, propensa a romper o furor da última escala Richter. E entre o ter e o ser amoral, ame astral e visceralmente num sentimento seguro e sempre presente, seja no rebento futuro ou no pretérito da semente. Ah minha amada por essa jornada de estrelas eu hei de cabê-la em mim de um jeito nunca dantes cabido e, quiçá, sabido sabiá. Tê-la-ei como minha Shangri-lá, com direito a todos os mistérios e despautérios desse lugar que é sagrado e profano como as notas de seu piano.

Em feitio de juramento eu, bento por suas carícias e outras malícias, lanço à rosa-dos-ventos o nosso romance em toda a sua nuance. E que as aves do além-mar se encarreguem de espalhá-lo como poentes de uma civilização ausente fundada nas diretrizes de uma paixão de mil matizes. E que as naves de Abu-Dhar preguem o nosso amor e nos carreguem com o ardor das imperatrizes por começos, meios e finais sempre felizes. Ah minha amada por essa estrada eu lhe enalteço nada torpo de todo o meu apreço, fazendo de seu corpo meu endereço.


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