Daniel Campos

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20/12/2010 - Hipocrisia pra morrer

A vida é exuberante, dona de uma perfeição tamanha em seus rompantes. O céu é azul, o mar é azul, o sentimento é azul. É fato, os pássaros cantam de norte a sul inebriando o ambiente. Há mil e um motivos para comemorar o ato de viver. Há muita sombra e água fresca por aí; glórias e louvores às criações divinas. Os casais andam pelas estradas de mãos e bocas dadas num completo conto de fadas. Todos se dão bem, vão e vem na mais perfeita ordem. As palavras não mordem e os diferentes se entendem.

Os trabalhadores desempenham animados e contentes suas funções diárias. Há um bonito futuro à frente. Ao se recostarem em seus travesseiros de plumas, todos adormecem tranqüilos. A música navega pelo ar. As flores se abrem alegres porque é sempre primavera. Ninguém espera, todos alcançam. Uma série de nascimentos, aniversários e casamentos celebra a vida em diferentes horários e lugares. Tudo é intenso e propenso ao amor. As crianças estão felizes brincando em um universo de matizes.

Todos se completam. Todos se entregam. Todos se doam. Não há segundas ou terceiras intenções ou interesses ocultos, tudo acontece de forma ideal. Os sonhos se transformam em realidade. Os duendes invadiram a cidade, que está em festa. A fantasia infesta o ambiente em várias escalas de amor. Todos se gostam, todos se falam. A solidariedade transborda dos corações contritos. Como não há pecados, os perdões foram extintos. Pode acreditar, não minto.


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