Daniel Campos

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08/03/2014 - Graças a mulher amada

Quando estou perto da mulher amada tudo faz sentido mesmo o que não há sentido. O que não tinha cor imediatamente ganha tonalidades vívidas. Detalhes, até então ignorados, são percebidos e louvados. E em poucos segundos surge um turbilhão de vontades que se rende a um olhar bobo apaixonado. Queria correr, saltar, voar, fazer estripulias e acrobacias, mas fico ali abobado de tanto amar. E me sinto irremediavelmente bem em sentir esse abobamento. Depois dos trinta, coloco-me a reviver a adolescência e até a infância sob a luz desta mulher que nasce a cada segundo na certeza de ser eterna. Sem cerimônia, o amor vai acontecendo de modo que tudo em mim se refestela. Há brilhos por todos os lados. O amor é dito de forma explícita ora por palavras ora por silêncios. Sonhos e mais sonhos, uma multidão deles, pede-me para – com ela – ser sonhados em primeiro lugar. E depois de tantos anos de vida ainda consegue com uma facilidade extrema me fazer sentir uma série de sensações inéditas. E o melhor é que tudo o que é imaginado é possível de ser vivido, pois o amor, suas causas e conseqüências.


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