Daniel Campos

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22/11/2009 - Faz sentido o amor?

O amor não faz sentido, contudo, usa e abusa de todos os sentidos. O amor não é palpável, mas vivem tentando agarrá-lo e, sobretudo, prendê-lo. O amor só existe quando livre, interagindo com o meio, porém, dizem que ele fica confinado no coração. O amor está acima de qualquer condição climática, mas insistem em associá-lo aos dias frios e chuvosos. O amor cura e, ao mesmo tempo, causa febre, dor, depressão, estresse e outros males curáveis somente com... amor.

O amor é puro, mas precisa jogar para sobreviver. O amor é inocente, porém, está sempre sendo acusado de uma coisa ou outra. O amor é eterno, no entanto morre na maioria das vezes. O amor não tem cheiro, mas lhe são atribuídos diversos perfumes. O amor é símbolo de sentimento concreto e maduro, no entanto, morre de ciúme. O amor é infinito, indestrutível, incorruptível, mas se apresenta quase sempre com um rostinho frágil e indefeso.

O amor é infalível, mas vive caindo em planos falíveis. O amor é interplanetário, porém, contenta-se com um cantinho. O amor é a felicidade mais triste que já existiu. O amor é, por natureza, algo inteiro, mas vive machucado e aos pedaços. O amor é a guerra da delicadeza. O amor dá identidade ao mesmo instante que muda de nome das coisas. O amor que aparece é o mesmo que some. O amor é aquele trem que quando grita, silencia. O amor que se vê é o mesmo que cega.

Definitivamente, o amor não faz sentido.


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