Daniel Campos

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21/05/2010 - Estradeando

Ao longo do dia, das vinte e quatro horas do dia, quantas estradas se abrem diante de você? Se sua resposta por “nenhuma” ou “apenas uma”, mude urgentemente a forma como enxerga o mundo ao seu redor. Afinal, essas estradas que surgem em seu dia-a-dia são milagres que, na maioria das vezes, passam despercebidos diante de seus olhos e passos. Confesse! Quantas novas estradas você já deixou de desbravar por medo? Quantas estradas você não percorreu por puro comodismo? Quantas estradas você fingiu que não viu só para continuar reclamando da falta de sorte? Quantas estradas, quantas?

Há uma infinidade de estradas, trilhas, caminhos convidando constantemente você a passar. Existem estradas ideais para se caminhar a dois, a três, a mil e outras estritamente egoístas, que devem ser vividas em foro íntimo. Há estradas em que o vento sopra a favor e outras em que ele se alia as pedras, as chuvas, as árvores caídas para dificultar ainda mais sua caminhada. No entanto, quanto mais desafiadora a estrada mais gratificante será sua passagem por essa vida. E a graça nisso tudo está em descobrir estradas inéditas, em se emprenhar em estradas misteriosas, em se entregar às estradas com final desconhecido.

O que é a vida senão uma sucessão de estradas. Estradas retas, estradas curvas, estradas mistas. Estradas íngremes e planas. Estradas arenosas e espinhosas. Estradas verdes e secas. Estradas empoeiradas e enlameadas. Estradas de sol, de lua e de chuva. Estradas que se cruzam, que se criam, que morrem e nascem bem diante de nossos narizes. Estradas que correm como um rio repleto de afluentes. Estradas que machucam e sopram nossas feridas. Estradas permissivas e proibidas. Estradas de terra e de pedra e de carne. Estradas de partidas, chegadas e despedidas. Dentre tantas pedidas, como pode negar a presença de tais estradas em sua vida?


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