Daniel Campos

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20/09/2013 - E o coração alado...

E o coração alado finalmente ultrapassou os limites da garganta, marcando a língua portuguesa com seu gosto lírico antes e partir. E o coração alado ganhou a noite, voando entre estrelas de néon e luas de batom. E o coração alado abriu suas asas ao sexo dos anjos por entre nuvens de algodão e céus de crepom.

E o coração alado, para ganhar fôlego para novos vôos, equilibrou-se em sacadas. E o coração alado ultrapassou as fronteiras físicas chegando aos planos da imaginação. E o coração alado passou por canteiros, por borbulhas, por deslizes, por palavras de amor, por espumas ao vento.

E o coração alado para além dos sinais vermelhos e das luzes dos postes cantou as dores e delícias do sertão. E o coração alado se manchou das paixões trazidas pelos ventos. E o coração alado ultrapassou os limites das fábulas da rua. E o coração alado se confessou poético, profético, dialético diante de uma multidão.


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